Esse sistema se mantém firme e forte, elegendo representantes classistas para as diversas esferas do legislativo brasileiro, promovendo escândalos (houve agora um na do Comércio), logo encobertos, trafegam em Brasília para pouco fazer, com status, passagens e diárias pagas com o dinheiro das empresas que, muito pouco, se beneficiam dessa formação, quase sempre paga, e das áreas de lazer, pouco usadas.
Esse condomínio quase não fica visível para o grande público. O art.149, da Constituição, manteve esse status quo. Segundo o tributarista Roque Mazza, ele "deve perseguir a finalidade do interesse público". O professor Hugo de Brito Machado refere que é uma intervenção no domínio econômico, há o interesse das categorias profissionais/econômicas e a seguridade social.
Com a criação dos Cefets, antigas escolas industriais, hoje profissionalizantes de ensino técnico e superior, parece desnecessário esse Sistema S. Essas confederações e afins (agricultura e pecuária, comércio, cooperativismo, indústria, transporte, Sebrae, fundo aeroviário, diretoria de portos e costas e Incra) recebem contribuições das empresas, descontadas regularmente, sem que a mão-de-obra nacional tenha evoluído quase nada nestes mais de 70 anos dessa grande dádiva.
Os seus dirigentes são eleitos por sindicatos controlados por grupos não muito representativos das empresas que, diga-se, são quase omissas e os mais antenados dominam bilhões. Até quando?
João Soares Neto
Escritor
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