quarta-feira, 12 de junho de 2013

Senador Ataídes trabalha pela transparência no Sistema S

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) segue na sua luta para saber de que forma são aplicados os recursos financeiros levantados pelo Sistema S - composto pelas entidades Sesc, Senac, Sest, Senat, Sebrae, Senar, Sescoop, Sesi e Senai.  

Para o senador, é preciso saber como são aplicados “esses bilhões” que o Sistema S arrecada compulsoriamente. “É necessário cobrarmos uma transparência das entidades do sistema”, disse Ataídes.
Segundo o senador tucano, a Controladoria Geral da União (CGU) tem o interesse de criar um portal em que a sociedade possa ter informações das receitas, despesas, convênios e cursos, nos moldes do Portal da Transparência, que temo hoje e é um canal de fiscalização dos gastos do Governo Federal.
Ataídes de Oliveira é autor de um projeto de lei do Senado (PLS) que regularia as normas gerias sobre os serviços autônomos. O projeto polêmico, que dificilmente será aprovado, já que muitos políticos tem boa parte de suas campanhas financiadas por entidades ou por dinheiro oriundo do Sistema S.

O senador acredita que pelos inúmeros benefícios fiscais concedidos ao sistema S, seria conveniente uma contrapartida das entidades que compõe o sistema, como:  bolsas e cursos gratuitos para a população. “Eles ganham muito dinheiro, tem diversos repasses públicos, tem isenção de impostos e ainda assim cobram um valor absurdo no preço dos cursos”, reclamou o senador Ataídes Oliveira.

De tanto que trabalha para se aprofundar nas finanças do sistema S, o senador escreveu o livro chamado  Caixa Preta do Sistema S, que segundo o senador é baseado em documentos de órgãos de fiscalização que apontam  muitas possíveis irregularidades praticadas dentro do sistema, como  acumulação de cargos de diretoria, contratação de pessoal feita sem critérios, licitação para compra sem procedimentos adequados e  cobrança de cursos em valores exorbitantes.

Durante audiência pública na Comissão de Fiscalização do Senado Federal, na semana passada,  que discutiu as irregularidades na administração dos entes do Sistema S apontadas nas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU),  o secretário da Secex Previdência do 
Tribunal de Contas da União (TCU), Fábio Henrique Barros esclareceu que os artigos  70 e 71 da Constituição Federal concedem poderes para o tribunal fiscalizar as federações e confederações. 
No entanto,  em relação as entidades do Sistema S Fábio afirmou: "Com as auditorias foram constadas diversas irregularidades. A questão principal é a falta de transparência. Há dificuldade de obtenção de informações sobre a gestão dos entes", disse.

Há muitos detalhes para esclarecer sobre o Sistema S. É notório a sua importância para o desenvolvimento do país, capacitando e qualificando milhares de profissionais brasileiros. Porém também é nítido que seria mais “humano”, “correto“ e “sensato” que a sua arrecadação e a suas despesas fossem transparentes, afinal muito deste dinheiro que “corre” pelo sistema é dinheiro público, ou seja nosso que pagamos impostos.
O Caldeirão Político tentou contato com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas não obteve sucesso. Apenas uma rápida conversa com a Assessoria de Imprensa, que afirmou que não se pronunciaria sobre este assunto.

Por: Fernando Meira Dias, de Brasília para o Caldeirão Político

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